quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

6º dia de viagem - Quellon/CHI - Puerto Puyuhuapy/CHI

Hoje acordamos 5:30hs da manhã e pegarmos o barco que nos levou até Chaitén/CHI, onde começamos a Carretera Austral. A travessia de barco durou cerca de 5hs. Durante a travessia conversamos com varias pessoas.
Tinha um grupo de 6 veteranos, todos de BMW 1200 e 1150 GS, do qual conversei com 2 deles, um do Texas e o outro do Canadá, falamos um pouco em inglês, espanhol, e estão a quase 40 dias na América do Sul, vieram de avião e desceram na Colômbia, e de lá estão descendo, fazendo um tur. Foi um contato muito legal, dei o adesivo dos Pequenos Viajantes para eles, e na mesma hora já colaram no baú das motos. Chegando no porto, descemos a moto e já seguimos nosso rumo.
Na saída de Chaiten, pegamos uns 20 km de asfalto, e depois um rípio bem solto, pois a estrada esta pronta para ser asfaltada e tinha momentos que eu achava que não ia passar, pois não tinha trilho, marca, nada, recém tinham patrolado e eu não conseguia manter a moto numa linha reta, pois balançava mais que bolacha em boca de velho kkkkkkkk, pra lá e pra cá, incrível.
Pedi a Vanessa que se segurasse e fiz a pilotagem em pé, para colocar mais peso na parte dianteira da moto, tornando-a mais estável. Por ai se foram em torno de 110km desse jeito, até que chegamos a La Junta, um vilarejo, onde paramos para abastecer e descansar. Nesse momento chegou 3 motos, BMW 1200 GS, eram do México, prontamente vieram conversar conosco. Então começamos a nos preparar para sair e ir até Puerto Puyuhuapy, distante 50km dali. Quando estou saindo chegou 4 BMW da Malasia (olha da onde os caras vieram), e parei para ver, um deles veio até mim para conversar, perguntou da onde eu era, pois ele falava um inglês com muito sotaque, ruim de entender, mas mesmo assim conversamos um pouco e perguntei a ele como estava a estrada, pois ele estava vindo do lugar onde eu estava indo, ele me disse "very good" e fazia um sinal com a mão, tipo como se estivesse um asfalto, muito boa. E me perguntou como estava do outro lado e respondi: " very bad", muito ruim. Ele tirou do bolso um aparelho do tamanho de um isqueiro e pediu licença para ver a calibragem dos meus pneus e eu deixei. Ele averiguou a pressão e me pediu para ele baixar um pouco a calibragem, eu disse que tudo bem. Resumindo, eu já sabia que tinha que baixar a pressão dos pneus no rípio, mas como eu tava peliando nesse ripio solto, nem passou pela minha cabeça, queria era tentar ficar em pé. 
Seguimos viagem, mas com uma estrada totalmente diferente, pois sem obras, a carretera estava no seu estado original, com ripio, mas bem mais administravel. A moto se tornou um carro, não resbalava, não balançava e imprimimos ritmo de até 80km/ bem tranquilo. Os 50km aqueles, foram um tapa.
O que nos chama muito a atenção é a quantia de pessoas percorrendo a carretera austral de bicicleta, são de todos os lugares.
Puerto Puyuhuapi, lindo lugar, situado ao lado de um lago maravilhoso, rodeado de montanhas com picos de neve. Hotel por $ 20.000 chilenos (R$100,00). Rodamos 180km.
Amanhã visitaremos o Ventisqueiro Colgante.
No mundo moto-turismo não temos fronteira, idioma é uma linguagem universal.






































2 comentários:

  1. Po meus caros esse rípio deu uma emoção a mais nesse trecho, ta se virando bem ai heim piloto, passou no teste!!!! Abração e se cuidem, e não esquece de encher o pneu de novo!!!

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  2. Bah, muita emoção mesmo, esse ripio não é brinquedo, é fácil de comprar terreno, perdeu a concentração, é chão!!! Abraços. Obrigado por estarem acompanhando. Já grave bem o nome das cidades, os próximos são vocês!!!!

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